01 Aug
01Aug

Os cânions mais conhecidos da região Sul do Brasil são aqueles localizados nos parques Nacionais Aparados da Serra e Serra Geral, localizados entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. E você sabia que a parte de cima dos cânions pertecem ao Rio Grande do Sul? Enquanto que a parte de baixo a Santa Catarina? 

Difícil dizer qual parte é mais bonita. Já estivemos em ambos e a magnitude desses lugares transcende a necessidade de comparação e sugere apenas a apreciação dessa imensa natureza que todos os dias se faz diferente.

E desta vez decidimos visitar os cânions da cidade de São José dos Ausentes, cidade situada no nordeste do Rio Grande do Sul, depois de uma bela visita a Serra Gaúcha. 

Saimos de Bento Gonçalves e fomos até Ausentes, mais ou menos 250km. 

A estrada de São José dos Ausentes até os cânions é de chão,  mas desde que se tenha paciência,  qualquer carro consegue chegar até lá. Confessamos que não foi fácil, mas a paisagem faz valer a pena.

Já descobrimos também que existe a possibilidade de contratar passeios que te levam até os cânions e cachoeiras da região, existem empresas que fazem esse translado. 

Mas não é o nosso caso. Decidimos chegar até a Fazenda Pontão,  e por lá ter a liberdade de andar pela região. 

Já na nossa chegada fomos surpreendidos por lindas paisagens. 

Essa região ainda é pouco explorada pelo turismo, e o que mais se vê são campos a perder de vista no horizonte. Pra quem procura por sossego e liberdade de fazer trekkings sem a necessidade de guias, vai encontrar aqui. 

E esse é um bom ponto a se considerar,  o único gasto que tivemos aqui foi relacionado a hospedagem. Os passeios que fizemos- todos caminhadas- foram gratuitos. Não há necessidade de pagar entrada para parque algum. Diferente dos parques da Serra Geral e Aparados, que cobram ingresso para a visitação. 

Iniciamos então nosso dia com uma grata surpresa: um por de lua esplendoroso com seu mar de nuvens. 

Da pousada do Pontão até a beira dos Cânios percorremos mais ou menos 1,4km e chegamos ainda para o nascer do sol ao Cânion Boa Vista. 


A partir dali, iniciamos nosso trekking, com o objetivo de percorrer as bordas de Cânions da região. 

Vale ressaltar que é importante usar um bom calçado para trilhas, o relevo e vegetação da região são quase que intocáveis, então não existe uma trilha ou caminho a ser percorrido,  você anda por onde tem vontade e acredita ser o caminho. 

Decidimos fazer o Pontão do Cânion Boa Vista,  que é um avanço da parte de cima dos cânions sobre eles, e dali tivemos uma vista infinita dos Cânions da região.  Chegamos até a beirinha do Cânion em seu ponto mais alto (seta vermelha).

Uma pena que essas fotos não conseguem retratar a grandiosidade do lugar. No quanto somos pequenos perto de tudo que podemos ver ali. E diferente dos parques nacionais, por ali não tem guarda corpos ou cercas. Você pode chegar beeem na beirinha do Cânion,  o que a gente não recomenda 🤭.

Depois do Pontão, seguimos bordeando os Cânions por mais um tanto. 

Passamos por algumas "esculturas" naturais: 

Cabeça de Urso

Cabeça de Elefante:

Cabeça de Índio, que diferente dos 2 anteriores não chegamos a uma unanimidade de formato, mas está ai, registrado.

É realmente uma região linda, cheia de superlativos. Onde tudo é grande.

Depois de percorrer 14 km, terminamos o dia com um pôr do sol, e um nascer de uma super lua cheia! Aqueles momentos que fazem valer a pena. De paz e contemplação. Pra agradecer mesmo por ter a possibilidade de viver tudo que passamos ali. 


Dica!

Aproveite enquanto ainda há rusticidade, e um contato verdadeiro com a natureza, com pouquíssimas interações dos homens. Se permita viver o que é o lugar de verdade. Suas belezas e seus medos,  seus desafios e suas dificuldades, e o mais importante, a beleza do simples e do silêncio. 


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